sábado, 26 de setembro de 2015

MUDANÇA DE POSTURA NO MERCADO DE BANDAS E ARTISTAS

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Boa tarde povo do bem!

Depois de longas datas resolvi voltar a escrever. A falta de tempo e "o querer abraçar o mundo com as mãos", são inimigos número um do blog. Mas, eis que a organização do tempo veio a acontecer, então vamos ao que interessa.

Já há alguns meses venho me incomodando com a mesmice do mercado. Não só a mesmice, mas o exagero da mesmice. Meu incômodo é que hoje, a maior parte das bandas desse mercado que trabalho estão preocupadas em fechar 30 festas por mês e esqueceram de se preocupar com a qualidade da divulgação e dos por menores que se precisa para cada data. Postar uma agenda com milhões de datas no começo do mês é uma necessidade ou um troféu? Vocês com certeza já ouviram falar naquele ditado que mulher se arruma para mulher não é? Será que as bandas postam essas agendas para as outras bandas?

Quando eu falar banda, leia-se também empresário, produtor....

Hoje a gente vem atravessando uma crise na economia do país que vem afetando todos os nichos e segmentos do mercado. Nas crises anteriores não sentimos muito, pois povo passava aperto mas saia, hoje em dia a coisa está diferente, sentimos o peso da crise.

Se falarmos em casas, até pode dar gente nas festas, mas o que em 2002 as festas de pequeno porte eram pra 1.500 pessoas, em 2010 eram 800, de uns meses pra cá se a gente conseguir colocar 400 pessoas foi "estouro". Além do fenômeno cartão de crédito, pois o que se vendia 30% a 40% no cartão, hoje não se assuste se em uma noite essa proporção chegar perto dos 90%.

Se falarmos em bandas, continuaremos vendo as postagens das agendas com 30 shows por mês, mas vá conferir as bilheterias de cada. Festas onde bandas de médio porte faziam uma renda de 8 a 10mil numa noite hoje o sofrimento pra levar os 4mil tá grande.

Quem me conhece sabe que não sou pessimista, e nem muito menos vim aqui para desestimular vocês, eis que vem meu ponto de vista.

Nas nossas bandas e na nossa produtora, apostamos em três pontos:

* Boas ideias;
* Custo pé no chão;
* Qualidade;

E, a gente não chega até isso sem a mudança de postura, mudança de pensamento, entendimento da realidade. Com o custo baixo, hoje apostamos na "qualidade" de nossas agendas, e não na quantidade. Estamos na era de, em determinados momentos, deixar uma sexta sem show ao invés de fechar qualquer coisa. Pra quê agenda mensal? Vamos fazer agenda semanal.

Se for pra ter uma renda em 12 shows/mês igual ao de 24 shows/mês, melhor apostar nos 12 bem feitos. Se doar mais aos shows, divulgar mais, participar dos shows e não só deixar por conta do contratante. Proporcionar condições melhores para a nossa equipe. Provocar um desejo a mais do público que não vai poder ver toda semana a banda, criar projetos temáticos, escutar e observar mais o público e suas mudanças de postura. E o principal, não se submeter a qualquer coisa, não vender a alma, ter critérios e seguir uma linha de raciocínio planejada previamente.

Bandas, artistas, empresários, produtores, procurem fazer música, gostar de música. Guardo comigo uma coisa que escutei de Jorge Vercilo, um cara muito agradável e um artista talentosíssimo, o qual eu tive o prazer de promover seu show em Recife, ano de 2008. Ele falou, no programa Fama, da rede Globo, para os candidatos ao prêmio de melhor cantor:

"Procurem e busquem a realização musical, e não a falso mundo da fama."

É nisso que acredito, acredito na boa música, na realização de fazer um bom evento, de proporcionar felicidade as pessoas.

Espero que meu ponto de vista tenha somado um pouco a vocês de alguma forma.

Se quiserem tirar algumas dúvidas, meu email é igorkawabe@gmail.com.

"Música, alimento da lama"
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Abdelghafour

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